‘Academia’ para o rosto e redução de testa: os tratamentos de beleza que estão bombando
Mídia

‘Academia’ para o rosto e redução de testa: os tratamentos de beleza que estão bombando

Tratamentos de beleza – Na Zona Sul de São Paulo, um novo endereço atrai paulistanos e artistas como Luan Santana , Taís Araujo e Sabrina Sato interessado em exercitar nada menos que o próprio rosto. Para combater rugas e marcas de expressão sem agulha nem bisturi, o dermatologista Alberto Cordeiro comanda sua segunda unidade da Academia da Face , que faz treinos feitos para prevenir o envelhecimento e causar um efeito de levantamento imediato.

“Gosto de fazer todos os tratamentos da minha clínica, ao lado da academia, e agora invisto na musculação toda semana”, conta ele, que notou aumento de 30% na procura por tratamentos estéticos desde o início da pandemia – em sua clínica na Vila Nova Conceição , a agenda até agosto já está lotada.

Além do sucesso impulsionado por clientes que, em quarentena , decidiram investir nos cuidados pessoais , a chegada no outono e as configurações mais baixas são ideais para o início de procedimentos com ácidos, lasers e peelings. E nos centros estéticos não faltam novidades.

“Com menos exposição aos raios UV, os pacientes podem apostar nos tratamentos a laser mais avançados”, conta Rafael Arpini , mestre em medicina cosmética e envelhecimento fisiológico. “Existe um chamado Fotona 4D , que combina duas tecnologias: o estímulo de colágeno e de pigmentação.” A novidade é recomendada, por exemplo, a quem tem flacidez na área do pescoço e custa cerca de 4 500 reais na aplicação completa da face.

pessoa deitada sendo submetida a tratamento com aparelho de choque
Tratamentos feitos com lasers e choques prometem estimular o colágeno da pele e combater manchas e marcas de expressão. Divulgação / Divulgação

Dos pés à cabeça, são cada vez mais comuns os procedimentos feitos com tecnologias menos dolorosas e mais minuciosas nos resultados. Para “levantar” o rosto e o pescoço, o microfocado ultrassom Liftera é uma dessas inovações. “Ele tem ponteiras adaptadas para pequenas áreas e consegue alcançar pálpebras e lábios, fazendo um dano na beirada da musculatura, a parte externa que se conecta à pele”, explica Ana Carina Junqueira , fundadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas em Medicina Capilar, não jardim américa. Nas clínicas que trabalham com o novo aparelho, podem custar de 3 500 a 5 000 reais. Outro sucesso, os fios coreanos saem entre 1 500 e 1 800 reais – introduzidos na pele, eles suspendem os tecidos do rosto e estimulam a produção de colágeno. “Aqui a gente adora, eles fazem o lifting sem criar volume.”

A toxina botulínica (o clássico Botox ) também não saiu de moda. “Todo mundo gosta da harmonização facial , com preenchimentos para paralisar os músculos da testa, amenizar o ‘bigode chinês’ e revitalizar as maçãs do rosto”, exemplifica Loriene Galacini , especialista em odontologia estética. “Nesses casos, menos é mais. Muitas vezes o paciente gosta tanto do resultado que quer sempre mais e algumas partes do rosto acabam ficando proeminentes. ” “Em casa, agora como as pessoas se olham mais no espelho e não se ela tanto, então se ver mais defeitos e estão preocupadas com a pele”, resume Thaís Giraldelli , da Lash House, Especial em incílios de cílios e suplementos para a pele. Com novas técnicas para a aplicação dos cílios, que envolvem fios de várias espessuras e tamanhos, Thaís estima que uma profissional pode faturar até 50 000 reais por mês nesse ramo. “Virou um vício que mexeu com a cabeça das mulheres. Elas já incluem os cílios na mesma rotina do cabelo e das unhas e fazem a manutenção a cada quinze dias. ”

Na rotina de Sabrina Sawada , 37, como aplicações faciais e como tratamento de abdômen também entram nessa categoria. “Tudo o que aparece de moderno e a doutora indica eu experimento. Botox eu amo e sempre intercalo com lasers e aplicações de ácido hialurônico ”, conta. Com o excesso de peso após a gravidez e o surgimento de três hérnias de disco, Sabrina recorreu às clínicas estéticas. “O médico falou ‘ou você faz musculação ou cirurgia’, mas, em vez de ir à academia, eu testei o T Sculptor , que fortalece os músculos”, relembra. “Na terceira sessão, minha dor já tinha sumido.” O aparelho é usado para estimular a musculatura com ondas eletromagnéticas e promete a redução de gordura logo na primeira sessão, que custa a partir de 700 reais.

“Em tratamentos corporais, ocorreram na área dos aparelhos de campo eletromagnético, que fazem o exercício pela pessoa”, complementa Ana Carina. Um dos favoritos nessa categoria é o Tesla Ex, que produz o efeito de cerca de 30 000 abdominais em apenas uma sessão de trinta minutos. “Esses modelos foram motivados no Brasil e chegaram no auge da pandemia.”

imagem da cintura de mulher com o equipamento para escultor acoplado
Alternativas como o T Sculptor e o Tesla Ex: simulam os efeitos de exercícios físicos no corpo e aceleram a queima de gordura. Divulgação / Divulgação

Com a rotina em home office, vários paulistanos decidiram encarar cirurgias estéticas para construir o tempo de recuperação sem sair de casa. “Eu sabia que teria de ficar totalmente isolado por dez dias e um mês sem fazer movimentos”, conta Jaqueline Braz , 26, que passou pela cirurgia de redução de seios no fim do ano. “Sempre foi uma vontade porque o tamanho me incomodava fisicamente, nada do que eu me vestia deixava confortável… Eles acabavam chegando antes de mim aos lugares”, brinca.

jaqueline sorrindo para uma selfie
Jaqueline Braz: mamoplastia feita durante uma pandemia. ReproduçãoArquivo Pessoal / Veja SP

A frontoplastia , also in alta, was a choice of esteticista Renata Marques , 25. “Sempre quis diminuir a testa, mas não sabia que era possível. Me incomodavam o tamanho e a protuberância dela, ficava saltada. Quando descobri, mergulhei de cara, mas ainda é difícil encontrar conteúdo sobre isso na internet ”, observa. Após uma operação, que dura cerca de uma hora e meia, os 2,5 menos na região agradaram. “Mas o pós-operatório foi sofrido, senti bastante dor.”

antes (acima) e depois (abaixo) da redução de testa na Renata Marques
Antes e depois: frontoplastia feita por Renata para reduzir a testa Reprodução / Arquivo Pessoal / Veja SP

No consultório de Patricia Marques , a frontoplastia redutora é seu “carro-chefe”. “Não é uma cirurgia agressiva, embora poucos profissionais arrisquem por se assustarem com uma cicatriz, mas ela é muito discreta, bem rente ao cabelo”, explica. Inicialmente criada para mulheres transexuais identificados em suavizar o formato do rosto, a cirurgia vem ganhando cada vez mais adeptos. “Nossa procura e o volume de consultas e cirurgias aumentaram pelo menos 50%”, estima.

patrícia marques posando para uma foto sorrindo apoiada em móvel
Patricia Marques: especialista em cirurgias plásticas na região de Moema Daniel Cancini / Divulgação

Os transplantes capilares são outro procedimento cuja recuperação ficou mais fácil no período dentro de casa. “As pessoas descartam a oportunidade para não se expor, porque não fica nada bonito uma semana depois”, diz Thiago Bianco , membro da ISHRS (Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar). Existem dois tipos de transplantes: a FUT ( Follicular Unit Transplant ) retira uma fina faixa de couro cabeludo e em seguida os folículos são implantados na área calva. Mais moderno, o método FUE ( extração de unidade folicular ), ou “fio a fio”, não deixa marcas: sem cortes, os fios são implantados por “furinhos” feitos pelo médico.

“Hoje minha cirurgia é uma das mais caras no Brasil pelo nível de material e tamanho da equipe. E ela dura cerca de nove horas, o que é pouco para a dimensão da cirurgia ”, ressalta Bianco. O investimento chega a custar cerca de 50 000 reais. Após cerca de três meses, os fios novos começar a crescer e o resultado final é formado em um ano. “Eu trato calvície desde os 21 anos porque a tendência da minha família é terrível. Dos meus dezesseis primos e meu irmão, só eu fiquei com cabelo. ”

Na Clínica Leger, comandada pela médica Manoela Fassina, os mais velhos ainda são maioria entre os clientes que procuram o local. “As pessoas se preocuparam bastante com a área dos olhos, mais evidentes com as máscaras, e muitas mulheres mais velhas se interessaram pelo preenchimento de glúteos. Uma paciente veio falando que ‘queria ficar gostosa, coisa que nunca foi’”, diverte-se.

Doutor Thiago Bianco aplica agulha na cabeça de um paciente durante o transplante capilar.  Usa máscara protetora e veste roupa cirúrgica na cor azul.
Thiago Bianco, especialista em transplantes capilares. Divulgação/Divulgação

Com a popularização dos tratamentos, o público jovem também aumentou. “Muitos buscam os tratamentos preventivos, alguns influenciados pelas redes sociais”, destaca Mário Farinazzo , cirurgião plástico com consultório em Moema. “Eles se olham cada vez mais nas telas e chegam desinformados, achando que os procedimentos são livres de falhas, mas temos sempre uma margem de erro.” Nas rinoplastias , para modificar o nariz, os casos que não deram certo são frequentes. “De todos, 80% dos que atendo são consertos de cirurgias feitas com técnicas antigas, que causam enfraquecimento do sistema de sustentação”, “Tem me preocupado a comparação dos jovens com imagens de modelos, influenciadores e atrizes, que geram ansiedade apesar de as fotos não corresponderem à realidade. Elas impõem um padrão muito alto e perfeito de textura e simetria. ”

Matéria originalmente publicada na Revista Veja SP: https://vejasp.abril.com.br/saude/procedimentos-esteticos-ganham-mais-variedade-e-popularidade-na-quarentena

Você tem alguma dúvida?

Estamos aqui para conversar e auxiliar nas suas escolhas.

Entre em Contato