Toxina botulínica para a mandíbula – o que pode ser feito?
A toxina botulínica é um dos tratamentos estéticos mais difundidos do mundo. Fácil acessibilidade, segurança e qualidade dos resultados, tornam o tratamento com a toxina um dos primeiros passos de muita gente no universo dos procedimentos estéticos e cirurgias plásticas.
Apesar da fama, a toxina botulínica também cumpre papéis funcionais, sendo protagonista em uma série de tratamentos para condições clínicas e produzindo resultados muito satisfatórios.
A mandíbula, tema deste artigo, por exemplo, é uma região que pode se beneficiar tanto dos tratamentos estéticos quanto dos funcionais dependendo do caso.
Mandíbula
Às vezes referida como “maxilar inferior” nos mamíferos, a mandíbula é o componente móvel do crânio, podendo mover-se em três planos (sagital, frontal e transversal) ou cima para baixo, para os lados e para a frente e para trás.
A função e variedade de movimentos da mandíbula requer uma estrutura muscular especializada composta pelo Temporal, Masseter, Pterigoideo Medial e Pterigoideo Lateral. Na boda inferior da mandíbula está inserido o músculo Platisma, responsável pela tensão da pele do pescoço e auxílio na depressão mandibular.
Rejuvenescimento da face
O papel estético da toxina botulínica está no rejuvenescimento da face, especificamente na definição da linha de mandíbula e do pescoço. Para esse objetivo são feitas aplicações em pontos específicos do músculo Platisma, reduzindo a força que traciona a face para baixo e, após essa etapa, é possível para o cirurgião reposicionar os fios de sustentação dos tecidos caídos de maneira muito mais efetiva.
A combinação de procedimentos gera ótimos resultados em uma grande variedade de casos, sendo uma boa opção para pacientes que desejam uma linha de mandíbula mais definida.
Em casos mais leves de ptose local, é possível que apenas a aplicação da toxina botulínica nas regiões adequadas seja suficiente para produzir uma linha de mandíbula mais definida.
Tratamento da dor
Do outro lado do espectro, está o uso da toxina botulínica para tratar problemas na mandíbula, sendo o mais comum deles o bruxismo.
Causado pelo ranger ou apertar excessivo dos dentes, o bruxismo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, afeta cerca de 40% dos brasileiros em algum nível.
O incômodo tem diversas causas e a dor na região é um dos principais desconfortos causados por ele.
Nesses casos, a toxina botulínica é um tratamento viável e de grande efetividade, paralisando músculos específicos e aliviando os sintomas do paciente.
Quem pode e quem deve aplicar
Devido à grande popularidade da toxina botulínica, existe uma grande variedade de profissionais, médicos, dentistas e esteticistas, que fazem a aplicação, no entanto, recomenda-se que o paciente busque sempre um profissional médico. Essa recomendação tem peso ainda maior no caso de tratamentos médicos da face que exigem um bom conhecimento anatômico por parte do profissional para que se obtenha os efeitos desejados.
Recomenda-se, também, que o paciente faça todas as consultas e avaliações necessárias sobre o seu caso em particular e a efetividade do tratamento para si.