Abdominoplastia reduz flacidez e gordura. Saiba tudo!
Saiba tudo sobre a abdominoplastia: quem pode fazer, como funciona, se existe uma opção mais barata…
A abdominoplastia é uma cirurgia feita na barriga para quem quer ou precisa tirar excesso de pele (flacidez) e gordura desta área. A intervenção ajuda a suavizar as estrias e também proporciona firmeza aos músculos, dando tônus para a região abdominal.
Para quem a cirurgia é indicada?
A abdominoplastia é indica para pessoas que apresentam excesso de pele e/ou de gordura da região da barriga. Essa intervenção pode ser feita por pacientes de cirurgia bariátrica, pessoas que perderam bastante peso e sofrem com flacidez e até mesmo para mães após o parto.
De acordo com Dr. Mário Farinazzo, cirurgião plástico, “por mais que [a mãe no pós parto] faça dieta e pratique atividade física, em alguns casos a pele não volta à normalidade. Nestes casos, a cirurgia é bem indicada. Ela também ajuda na recuperação dos músculos e na estabilidade da região pélvica”, fato que acaba ajudando possíveis dores nas costas e incontinência urinária.
No entanto, ele alerta que a cirurgia não é recomendada para mulheres que desejam engravidar novamente. Caso mude de idéia, a recomendação é de que a gravidez aconteça no mínimo dois anos após a cirurgia, com controle do peso e profunda hidratação da pele para prevenir estrias.
Mini abdominoplastia e abdominoplastia comum
Dentro da abdominoplastia, segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, podem ser indicados dois tipos: a comum e a mini.
Em casos de pequena flacidez acima do umbigo, é feita a mini abdominoplastia, que consiste em: cicatriz menor na altura da cesariana (linha horizontal acima do púbis), diástase abdominal corrigida com pontos e a não existência de cicatriz ao redor do umbigo. Aqui, “o umbigo é colocado no mesmo lugar ou é deslocado uns 2cm para baixo”, explica.
Se há muita flacidez, é necessário uma abdominoplastia clássica. Aqui, “a cicatriz umbilical fica no mesmo lugar, é feita incisão ao redor do umbigo, e depois de tracionada toda a pele para baixo, abre-se um “buraquinho” para recolocar o umbigo. O umbigo é preservado exatamente no mesmo lugar de antes, mas há cicatriz ao redor dele”, diz Dra. Lassance.
Usar cinta no pós parto ajuda a recuperar o abdome?
A cinta atua como uma parede abdominal mais resistente, dando aos órgãos uma estrutura que, devido ao afastamento natural da musculatura durante a gravidez, eles não têm mais.
Dra. Beatriz recomenda, no entanto, que a cinta seja usada como auxiliar no bem-estar, sem ter necessidade de muita compressão. “Pelo contrário, cintas muito apertadas podem dificultar a capacidade respiratória e até vascular, podendo aumentar a incidência de trombose nas pernas”.
O cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez ainda comenta que o “que mais determina a recuperação do abdômen são fatores genéticos, a variação de peso que houve durante a gestação e cuidados com alimentação e atividade física”.
Precisa reconstruir o umbigo?
“Na abdominoplastia clássica toda a pele abaixo do umbigo é retirada e a pele que está acima dele é esticada até a região pubiana. Para que a pele chegue até essa região, o umbigo tem que ser solto, o que é feito com um corte circular ao redor dele. Após o posicionamento da pele no púbis, o umbigo é costurado na pele na altura do local original”, explica Dr. Farinazzo.
Nas mini abdominoplastia, no entanto, o umbigo é preservado.
Abdominoplastia tem que ser feita com lipoaspiração?
De acordo com Dr. Rubez, a lipoaspiração é indicada quando há uma quantidade de gordura maior, além do excesso de pele. “Nestes casos, ela permite um melhor contorno final para o corpo, pois a abdominoplastia não irá tratar, por exemplo, a gordura dos flancos e acima do umbigo”.
Abdominoplastia arruma cicatriz torta de cesárea?
Os profissionais dizem que sim, já que será feita uma nova cicatriz no mesmo lugar. “Sem a presença do útero, a cicatriz pode ser melhor medida e planejada, deixando-a mais reta”, diz Dra. Beatriz Lassance.
“Salvo em casos que a cicatriz da cesárea é muito baixa”, complementa Dr. Rubez.
Posso fazer abdominoplastia junto com cirurgia de mama?
Se você também estiver com as mamas flácidas e quiser fazer um procedimento, poderá realizá-lo juntamente com a cirurgia na barriga, mas, é claro, respeitando os riscos e limitações. “Essa é uma associação muito comum no caso de mulheres após gestação e amamentação”, diz Dr. Farinazzo. “Os americanos costumam chamar de mommy makover“.
“Quanto maior o tempo cirúrgico, maior os riscos de trombose, sangramentos, etc. Em cirurgias combinadas, a otimização do tempo cirúrgico é muito importante e podemos ter na equipe mais auxiliares”, diz Lassance.
Como é a cicatriz?
“Para que seja possível retirar o excesso de pele do abdômen é necessário que a incisão seja em todo o abdômen inferior, e em geral se estende de um lado a outro no abdômen. No entanto, é possível posicioná-la para que fique na região do biquíni e se torne menos visível. A qualidade da cicatriz vai depender de diversos fatores, como a genética, os cuidados no pós operatório e a tensão existente na cicatriz. Com os anos ela se torna mais clara e menos perceptível”, explica Dr. Paolo Rubez.
Pós operatório
A abdominoplastia é uma cirurgia grande que precisa de certos cuidados para que tenha um resultado positivo. Para minimizar a dor, é essencial que a paciente tome os remédios recomendados pelo profissional e siga a risca suas recomendações.
Um dos fatores que deve ser levado em consideração é a trombose. “Uma das formas de evitar a trombose durante a internação é usar meias elásticas e equipamentos que massageiam as pernas. Em casa, o caminhar com cuidado faz o mesmo papel”, aponta Dra. Beatriz.
Dirigir, fazer exercícios e realizar qualquer outro esforço que utilize os músculos do abdome é proibido por 30 dias. Também é preciso ficar de olho nos detalhes, como andar em calçadas irregulares e levar um tombo, mesmo que pequeno. Para mamães e papais, levantar os filhos é permitido após 20 dias.
A drenagem linfática é recomendada no pós operatório, a partir do terceiro dia, com fisioterapeuta experiente para diminuir o inchaço. “Outros tratamentos como ultrassom, radiofrequência ou carboxiterapia podem ser necessários de acordo com a evolução de cada caso”, indica Farinazzo.
Tomar sol só é liberado após três meses, pois as cicatrizes podem ficar manchadas.
Alternativa mais barata
Alguns aparelhos e tratamentos estéticos podem ajudar, como o “uso de bioestimuladores de colágeno, que auxiliam na flacidez de pele e são mais acessíveis, pois não necessitam de internação hospitalar e recuperação após o procedimento”, aponta Dr. Paolo Rubez.
O profissional ainda complementa, dizendo que a cirurgia é indicada quando a paciente já está próxima de seu peso ideal, e apresenta um excesso de pele que não regride mesmo após a busca de opções menos invasivas e com dieta equilibrada e prática de atividade física.
“Se há muita flacidez, diástase ou hérnia abdominal, não há outro tratamento a não ser o cirúrgico”, aponta Dr. Beatriz. “A cirurgia deve ser feita com muito cuidado, com médico cirurgião plástico capacitado (membro da sociedade brasileira de Cirurgia Plástica), em hospital adequado, com presença de anestesista e equipamento suficientes para segurança do paciente. Na busca por menores custos, a segurança pode ser negligenciada”.
A hérnia umbilical e a diástase dos músculos, quando ocorrem, podem ser cobertas pelos convênios de saúde, o que diminui os custos de internação.
Matéria originalmente publicada no Site Ana Maria Braga Globo: https://glo.bo/2WroHc4