Botox, recuperação e reaplicação

Vamos ser honestos: todos têm uma marquinha de idade que causa aquele incômodo quando olhamos no espelho, não é mesmo?

Seja um pé de galinha, bigode chinês ou outra marca causada pelo tempo, sempre há algum detalhezinho que apagaríamos rapidamente se houvesse uma maneira fácil, rápida e segura o suficiente para isso.

Para estes critérios, o Botox é uma das melhores opções disponíveis. Além de ser muito seguro, o procedimento é de fácil acesso e as aplicações são feitas em pouquíssimo tempo.

No que o Botox atua?

Algo importante de se destacar é que o Botox não serve para todo e qualquer tipo de ruga; o tratamento é indicado para rugas dinâmicas, ou seja, aquelas causadas pela ação dos músculos faciais.

Essa característica é um dos motivos de não ser recomendado realizar aplicações de Botox com profissionais não-especializados, uma vez que é necessário um médico cirurgião plástico para identificar corretamente o tipo de tratamento que será efetivo para você.

Além das aplicações estéticas, o Botox tem uma série de aplicações terapêuticas médicas e odontológicas.

Tratamentos médicos:

• Espasticidades – Rigidez muscular causada por sequelas de AVCs, Esclerose Múltipla, Paralisia Cerebral, Traumatismos Cranianos e Raquimedulares (Lesão de causa externa na coluna vertebral);
• Distonias – doenças que causam contrações musculares intensas, com posturas anormais e dolorosas;
• Sialorreia – dificuldade de deglutição observada em doenças como Parkinson e paralisia cerebral;
• Enxaqueca Crônica – nova indicação para pacientes em tratamento medicamentoso sem resultados satisfatórios;
• Outras.

Tratamentos odontológicos:

• Sorriso Gengival – condição puramente estética em que o paciente exibe a gengiva de forma excessiva ao sorrir;
• Bruxismo – disfunção que provoca o aperto e ranger excessivo dos dentes ao dormir;
• Disfunção na Articulação Temporomandibular – provoca enxaquecas, dores no pescoço, dificuldades na mastigação e fala;
• Assimetrias da face – corrige disparidades provocadas pelo crescimento excessivo do músculo masseter;
• Outras.

Essa listagem serve para exemplificar as diversas aplicações da Toxina Botulínica e como há a necessidade de profissionais especializados tanto para os tratamentos estéticos como os clínicos e odontológicos.

A realização do procedimento por profissional não-especializado pode resultar em aplicações ineficazes ou incorretas, o que pode causar problemas ao paciente, no caso de uma injeção acertar nervos ou musculaturas que não deve, por exemplo. Além disso, tratamentos sequenciais com uma diluição mal feita da toxina pode tornar o paciente “imune” ao Botox!

Aplicação e reaplicação

O Botox é aplicado diretamente nas rugas e possui um efeito de bloqueador neuromuscular, o que irá impedir estímulos na musculatura que está causando aquela ruga. A toxina botulínica pode ser utilizada para impedir de maneira total ou parcial a contração muscular local.

Eventualmente, porém, o Botox irá perder seu efeito, sendo eliminado pela ação do próprio corpo do paciente. Quando isso ocorre, é necessário fazer a reaplicação para manter os efeitos.

A reaplicação normalmente é necessária após 4 a 6 meses, dependendo do organismo do paciente. A perda de efeito pode ser percebida com o reaparecimento das rugas em questão.

Ao notar tal ressurgimento, o paciente deverá entrar em contato com o cirurgião plástico para fazer a manutenção do procedimento.

Caso o paciente não faça as reaplicações, os efeitos irão eventualmente desaparecer.

Recuperação e Cuidados

Os cuidados com a aplicação de Botox são muito simples e fáceis de seguir, no entanto, a facilidade não significa que possam ser negligenciados.

É fundamental seguir à risca as orientações do médico para não comprometer os resultados.

Os cuidados mais comuns são:

• Não manipular a região das injeções para não causar difusão do produto;
• Evitar viagens aéreas após o procedimento;
• Evitar esforço físico nos dois primeiros dias;
• Evitar deitar-se nas primeiras 4 horas após o procedimento;
• Evitar o sol e utilizar protetor solar durante os primeiros 10 dias.

Dores de cabeça e vermelhidão no local da aplicação são comuns e devem desaparecer nas primeiras 24 horas.

Outras orientações e medicações serão indicadas caso a caso pelo cirurgião responsável.