Colágeno na pele: saiba tudo sobre a grande estratégia de beleza
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Colágeno na pele: saiba tudo sobre a grande estratégia de beleza

Colágeno é a grande estratégia de beleza para definir a saúde da pele em todas as suas estruturas

A fórmula mágica de beleza conquistada em consultório, com uma injeção, com um laser ou em procedimento com ácidos, está cada vez mais distante de uma ação isolada e cada vez mais perto de uma ação conjunta e combinada.

Esqueça de vez a ideia de que a toxina botulínica vai fazer tudo sozinha: agora, os médicos estão cada vez mais convencidos da importância dos hábitos e é uma proteína naturalmente presente no nosso organismo e é o que confere firmeza a nossa pele. Nós temos uma produção fisiológica dessa proteína que já começa a diminuir lentamente a partir da segunda década de vida. Essa diminuição vai gradativamente se tornando mais significativa, chegando a 1% ao ano na década de 40 e até 30% nos primeiros cinco anos da menopausa. Por isso, precisamos estimular a produção dessa proteína pelo nosso organismo e diminuir as perdas. É o que chamamos de ‘poupança de colágeno’. Todas as ações e procedimentos que podemos fazer no intuito de minimizar essa perda inerente ao processo de envelhecimento e estimular a produção, nós estaremos poupando o nosso colágeno. Como fazemos isso, então? Com uma somatória de bons hábitos de vida associados aos procedimentos estéticos”, explica a dermatologista Dra. Patrícia Mafra, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Entra realmente muita coisa nessa ‘conta poupança’: alimentação, suplementos, qualidade do sono, atividade física, bons relacionamentos sociais, rotina skincare anti-idade, fotoproteção e, claro, os procedimentos médicos. Abaixo, especialistas falam mais sobre o tema. Confira!

Alimentação equilibrada

Alguns tipos de alimentos podem aumentar a perda do colágeno, segundo a Dra. Patrícia Mafra. “É o caso do excesso de carboidratos na dieta”, explica.

O excesso de doces e açúcares na dieta é maléfico para o tecido cutâneo. “Além da inflamação subclínica que atinge a pele, esse excesso também é responsável por um processo chamado glicação, que é a formação de produtos de glicação avançada, que nada mais é que a glicose excessiva que se liga às proteínas que dão estrutura à derme, como colágeno e elastina, alterando suas funções e seu aspecto”, diz a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Com isso, a pele tende a ficar mais flácida.

Por outro lado, a Dra. Marcella explica que a pele precisa de um bom aporte de proteínas para manter o tônus e renovar suas estruturas. “As fontes alimentares de proteínas como carnes, ovos, laticínios e leguminosas são importantes para fornecer aminoácidos necessários”, diz. “O ideal é procurar alimentar-se bem, com uma dieta variada, a fim de potencializar os efeitos dos procedimentos. Uma alimentação equilibrada está entre os principais itens que ajudam a deixar a pele bonita, jovem e hidratada. São os alimentos que você consome regularmente que definem a aparência e qualidade do tecido cutâneo, não apenas em um mês, mas também em um, dois anos ou mais. A alimentação com perfil antioxidante é uma das principais formas de prevenção do envelhecimento, inclusive da pele”, afirma o médico nutrólogo Dr. Juliano Burckhardt, membro Titular da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e da International Colleges for Advancement of Nutrology.

Porém, segundo a Dra. Marcella Garcez, a principal proteína que dá estrutura à derme é o colágeno e, muitas vezes, a alimentação não fornece quantidade suficiente dos aminoácidos para a síntese de fibras colágenas e uma suplementação pode ser indicada.

Suplementação

Para garantir uma melhor absorção desses produtos, o tamanho das partículas tem muita importância, segundo a dermatologista Dra. Patrícia Mafra. “Colágeno é proteína, ou seja, um conjunto de aminoácidos.

Existem produtos que contêm partículas que apresentam uma melhor absorção quando ingeridas: colágeno hidrolisado, Verisol ou peptídeos bioativos do colágeno”, diz a dermatologista. Tratamentos, em casa ou em consultório, para a pele geralmente buscam estimular o fibroblasto a produzir mais colágeno, elastina e ácido hialurônico, segundo a nutricionista Luisa Wolpe Simas, consultora de nutrição integrada da Biotec Dermocosméticos. “E a suplementação com Exsynutriment é necessária. O silício estabilizado em colágeno marinho estimula a produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico que confere melhora do tônus da pele e diminuição da flacidez”, afirma a nutricionista. “Exsynutriment é importante para a formação e manutenção da integridade da Matriz Extracelular (MEC) sendo importante para a saúde da pele principalmente na melhora do aspecto cutâneo (lifting e antiaging), hidratação, firmeza e sustentação e aumento da densidade da pele (preenchedor das rugas)”, destaca a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos. Outros ativos que ajudam nessa tarefa por via oral são: In.Cell, Vitamina C, Bio-Arct e Glycoxil.

Qualidade do sono

“O corpo precisa de descanso para se restabelecer depois das atividades do dia-a-dia e o sono é o responsável por essa função, restaurando a pele e outros órgãos do corpo. Logo, quando não dormimos direito, não permitimos que as células sejam renovadas, o que altera o aspecto da pele e predispõe o aparecimento de rugas”, diz explica o Dr. Mário Farinazzo, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Segundo a Dra. Patrícia Mafra, é durante o sono que o organismo se recupera, entra em equilíbrio e renova as células. “À noite, produzimos hormônio do crescimento, responsável por toda ‘construção’ no nosso organismo. Então, dormir bem contribui para fortalecer a poupança do colágeno”, diz a médica. “Um dos fatores que aceleram o envelhecimento é o chamado estresse oxidativo. Normalmente produzimos radicais livres o tempo todo, mas nosso organismo também produz uma defesa antirradicais livres. O sono é um potente detox. Durante o sono produzimos várias substâncias consideradas antioxidantes, como hormônio de crescimento e melatonina e diminuímos a produção de radicais livres, ou seja, o sono é um regulador do estresse oxidativo. O excesso de radicais livres é responsável por danos em vários órgãos. Na pele compromete a produção e qualidade de fibras de colágeno e elastina, acelerando o envelhecimento. Portanto, não ter um sono saudável é maléfico para a pele”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do American College of LifeStyle Medicine. “A quantidade de horas de sono é muito variável. A melhor medida é a percepção de acordar bem, descansado, e não ter sono durante o dia. Por exemplo um sono incontrolável com bocejos durante uma reunião pode ser sinal de sono insuficiente ou de má qualidade”, explica a Dra. Beatriz.

Atividade física

Os exercícios físicos, quando praticados de forma regular, na dose certa e bem orientados, podem sim trazer benefícios para a saúde, inclusive para a pele. “A atividade física, incluindo exercícios aeróbicos, musculação e alongamentos são importantes em diversos aspectos. A atividade física aumenta ainda a produção de substâncias químicas, como o hormônio do crescimento e L-Glutamina que tem grande ação antienvelhecimento. Isso se deve principalmente à musculação. Com o movimento durante os exercícios, ocorre uma constante renovação, fortalecimento e regeneração de estruturas que dão tonicidade para a pele, reduzindo o risco de flacidez ou o aparecimento de rugas. Colágeno e elastina são constantemente produzidos, assim a pele fica mais firme e elástica”, explica a Dra. Patrícia Mafra.

Bons relacionamentos sociais

A Dra. Beatriz Lassance explica que ter amigos está relacionado à longevidade. “Mas amigos que ajudem a promover hábitos saudáveis. Escolher novos amigos ou influenciar os atuais faz parte de mudança de estilo de vida”, explica ela. Além disso, um bom relacionamento social também é capaz de diminuir o estresse, que está relacionado cada vez mais com o envelhecimento precoce. “Isso porque, em momentos de estresse e ansiedade, nosso organismo libera uma maior quantidade de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, que promove um quadro inflamatório do tecido cutâneo, favorecendo assim o envelhecimento da pele com consequente surgimento de manchas, flacidez e rugas”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Rotina skincare anti-idade

Esqueça a loteria de comprar um creme na farmácia porque achou o rótulo bonitinho. “A pele responde bem a um tratamento direcionado e não a um volume muito grande de produtos aleatórios aplicados sem orientação”, afirma a dermatologista Paola Pomerantzeff. “Conhecer seus genes pode ajudar demais na hora de escolher um cosmético. Através do exame genético é possível identificar se o paciente possui genes que favorecem o surgimento de rugas, manchas, flacidez e ressecamento. Com isso, é possível escolher os ingredientes ativos ideais para tratar e prevenir essas alterações”, diz o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética e diretor geral Multigene. Os médicos podem recomendar ácidos renovadores, antioxidantes e produtos que estimulam a autohidratação.

É o caso do ácido hialurônico. “Nossa pele precisa repor ácido hialurônico todos os dias em sua camada mais profunda, a derme, para ficar mais hidratada e protegida contra as agressões que a envelhecem”, explica a cosmiatra Ludmila Bonelli, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle. “Para isto, o ácido hialurônico fracionado com baixíssimo peso molecular é diferente dos outros por conter uma nanotecnologia em moléculas reduzidas que atravessam a pele até a derme, o destino correto para liberação deste ácido, de forma lenta, mas com resultados imediatos. O produto vai se integrando e encaixando nos tecidos e assim os resultados são mais reais e perceptíveis em poucas aplicações”, afirma a especialista. Um dos destaques é o Be Hialuronic, da Be Belle, que é formulado com ácido hialurônico fracionado e de baixíssimo peso molecular para conferir poderosa ação rejuvenescedora. Quando pensar em um antioxidante para complementar a fórmula, é possível usar a Vitamina C ou até mesmo o resveratrol que, além de conferir poder antioxidante, ainda clareia a pele. “Ele é capaz de combater significativamente os radicais livres, moléculas altamente reativas que, na pele, podem provocar danos celulares, favorecendo o envelhecimento precoce com consequente aparecimento de rugas, flacidez, manchas e perda de luminosidade”, explica o dermatologista Dr. Gustavo Saczk, membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

A novidade é um resveratrol mimético idêntico ao natural com alta performance, poderosa capacidade antioxidante e propriedades multifuncionais de clareamento da pele. “Composto pelo trans-resveratrol, forma mais estável e biodisponível do ingrediente, esse ativo cosmético possui múltiplo mecanismo de ação no combate às hiperpigmentações da pele para iluminá-la visivelmente em apenas duas semanas. O resveratrol mimético reduz a síntese de melanina (pigmento que dá cor à pele e é responsável pela formação das manchas) de diferentes formas”, destaca o dermatologista Dr. Gustavo. Dessa forma, o ativo é capaz de reduzir a melanogênese, isto é, a síntese de melanina para clarear manchas e tornar a pele mais radiante.

Fotoproteção

O sol degrada colágeno, causa manchas, piora a qualidade da pele, então verdade seja dita: o fotoprotetor está acima de tudo quando falamos em cuidados com a pele. “Antes de se preocupar com uma rotina que contenha ácidos e antioxidantes, devemos ter o hábito do uso regular do filtro solar. Ele é o creme antienvelhecimento mais importante. Além disso, preservar a barreira cutânea é fundamental para manter a pele saudável”, afirma o dermatologista Dr. Daniel Cassiano, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Quer preservar ainda mais as estruturas da pele? Antes do protetor, use um produto com Vitamina C. “Esse ingrediente aumenta a proteção da pele contra a radiação UV e tem ação contrária a imunossupressão causada por essa radiação. Também é conhecida pelo seu efeito anti-inflamatório”, acrescenta o Dr. Daniel Cassiano.

Procedimentos médicos

Tudo, até aqui, será de muito valor para poupar colágeno (e até potencializar o efeito de um tratamento médico), mas não substitui a indicação de um procedimento. “Existem diversos procedimentos que estimulam a produção de colágeno pelo nosso organismo. É o que os bioestimuladores injetáveis fazem quando aplicados na nossa pele. São bioestimuladores: o ácido polilático (Sculptra), hidroxiapatita de cálcio (Radiesse), caprolactona (Ellanse) ou polidiaxona (PDO).  Alguns aparelhos de laser, radiofrequência e ultrassom microfocado também estimulam a produção de colágeno pelo nosso organismo”, explica a Dra. Patrícia Mafra. “Com relação aos bioestimuladores, diferentemente dos suplementos e cremes de colágeno, eles serão aplicados em uma área específica para aumentar a produção natural de colágeno do corpo no local. Dessa forma, o colágeno é realmente produzido onde precisa”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo. “Já os lasers que estimulam o colágeno da pele, agem na derme. Eles estimulam, através do calor, a neocolagênese (formação de novas fibras de colágeno). Esses lasers não costumam ter essa afinidade específica por pigmentos. Atualmente, a tendência é fazer procedimentos cada vez menos invasivos, com menor downtime (tempo de recuperação). Ou seja, as pessoas desejam tratamentos a laser com resultado eficaz, porém, sem downtime, sem tempo de recuperação. Não desejam ficar com a pele ‘marcada’, parecendo que foram submetidas a algum tratamento estético”, destaca a Dra. Paola.

No caso da radiofrequência, a tecnologia robótica Eletroderme que une a radiofrequência ao microagulhamento também faz parte das indicações para estimular a produção de colágeno. No caso do ultrassom microfocado, existem tecnologias modernas com ação 3D, como o Ultraction 3D. “Em contato com o tecido (derme, subcutâneo e músculo), a energia de ultrassom é convertida em calor, criando zonas de coagulação nesses tecidos, o que estimula a produção de colágeno. Em suma, o ultrassom é uma tecnologia que vai estimular a contração dos tecidos e a produção de colágeno novo, melhorando a qualidade da pele em termos de firmeza, textura e contorno, promovendo o efeito lifting”, afirma o dermatologista Dr. Luis Henrique Moura, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Com a junção de tecnologias e bons hábitos, evitando também vícios como tabagismo e álcool, que degradam colágeno, é possível poupar e criar colágeno. “E, assim, vamos construindo a nossa poupança de colágeno, com bons hábitos de vida associados aos procedimentos que estimulam a sua produção”, finaliza a Dra. Patrícia Mafra.

Matéria originalmente publicada por Site revista L’OFFICIEL: https://bit.ly/3mnF1sT

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