Como funciona a cirurgia para levantar as mamas
Sabia que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de cirurgias plásticas? Perde apenas para os Estados Unidos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). O Censo 2016 realizado pela entidade identificou que mais de 1.4 milhão de procedimentos cirúrgicos foram feitos no país. Isso indica que o avanço da cirurgia plástica, e o aumento do poder econômico da população brasileira, podem ser fatores que contribuem para o crescimento dos procedimentos estéticos de maior complexidade. E, entre esses procedimentos mais procurados, está a cirurgia para levantar as mamas.
O envelhecimento natural, os efeitos da gravidez e da amamentação, a perda de peso e até as mudanças hormonais colaboram para a flacidez, e consequentemente, a queda das mamas ou Ptose, em termo médico. Assim como a pele do rosto, a pele dos seios perde a sustentação com a menor produção de colágeno pelo corpo. Exercícios físicos podem ajudar a retardar o efeito da gravidade na região, mas apenas a cirurgia para levantar as mamas trará resultados duradouros.
Como qualquer procedimento estético, a decisão de optar pela cirurgia deve estar respaldada pela orientação de um médico. É necessário analisar os prós e contras de submeter-se a uma cirurgia plástica, assim como analisar a capacidade financeira de pagamento de tal procedimento, pois tem custo elevado.
Conheça os tipos de cirurgia para levantar a mama
A definição do tipo de cirurgia plástica dependerá da identificação do grau de ptose dos seios. Definidas em três graus – leve, moderada e acentuada —, esse diagnóstico norteará a tomada de decisão e a indicação do cirurgião plástico à sua paciente. Os homens também podem ser submetidos a uma cirurgia para levantar a mama ou melhorar seu aspecto da mama, pois podem ter uma doença identificada como Ginecomastia.
As cirurgias realizadas atualmente, são:
- Mamoplastia (de aumento ou redução);
- Lifting da mama ou mastopexia;
- Mastopexia com inclusão de implantes;
A mamoplastia de aumento, além de avolumar a mama, corrige a ptose de graus leve ou moderada, e deixa os seios mais rígidos contribuindo também para a melhora da simetria das mamas. Neste caso é necessário o uso de próteses mamárias de silicone. O tamanho da prótese dependerá da indicação do médico cirurgião, que analisará a estrutura corporal e o desejo da paciente.
Já a mamoplastia redutora tem o objetivo de deixar as mamas menores para aliviar o desconforto na região dos ombros e das costas. Neste caso, o médico retira o excesso de pele, de glândula mamária e ajusta os tecidos para deixar as mamas mais bonitas possíveis. Vale lembrar que a qualidade das cicatrizes em forma de “T” invertido e ao redor das aréolas depende de cada paciente. Também é importante lembrar que a que a tendência das mamas é adquirirem um resultado mais natural com o tempo, ou seja, uma leve queda.
No lifting das mamas ou mastopexia, o objetivo não é reduzir o tamanho das mamas e sim, deixá-las com um formato mais bonito e com os mamilos mais elevados. Nesta cirurgia, as cicatrizes podem ser semelhantes às da mamoplastia redutora ou menores. Tipicamente, as pacientes candidatas têm mais de 30 anos, já amamentaram e não querem aumentar o volume das mamas.
Já a mastopexia com inclusão de próteses é indicada para pacientes com mamas pequenas e caídas ou com mamas médias, que querem levantar e aumentar o volume final. As cicatrizes podem ser em formato de “T” invertido e ao redor das aréolas ou menores e o volume das próteses depende de quanto a paciente quer aumentar e das possibilidades avaliadas pelo cirurgião.
É sempre importante que as pacientes estejam cientes que, apesar do resultado ser muitas vezes melhores quando se usa as próteses de silicone, quase que inevitavelmente esta paciente está fadada a realizar outras cirurgias para a troca de próteses ou revisão em um futuro que pode variar de 10 a 20 anos, ou seja, não existem próteses definitivas.
Entenda quais são as diferenças de implantes mamários
As próteses de silicone contam, na atualidade, com tecnologia mais avançada de forma que é possível que paciente fique por mais tempo com as mesmas próteses antes de realizar nova cirurgia.
De formatos variados – em gota, cônica ou redonda – a escolha da prótese que atenderá melhor a expectativa da paciente, dependerá do cirurgião plástico, além da percepção das características físicas de cada mulher.
O método para a colocação do silicone também dependerá de análise criteriosa do profissional de medicina, sendo que o procedimento cirúrgico pode ser feito com incisão na axila, incisão periareolar ou inframamária. Todas resultam em cicatrizes, mas como já mencionado, quando bem tratadas tornam-se linhas esbranquiçadas finas de difícil percepção.
Como é o pré e pós-operatório da cirurgia?
A paciente que será submetida a uma cirurgia para levantar a mama deverá tomar alguns cuidados antes do procedimento cirúrgico. O médico deve estar ciente de todos os hábitos da mesma, sendo que será indicada a suspensão de medicamentos que tenham em sua composição o acetilsalicílico, anti-inflamatórios e remédios que tenham função anticoagulantes.
Outra recomendação é que pacientes fumantes parem antes e deem sequência na tomada de decisão sobre parar de fumar. Os riscos de problemas durante e após o procedimento cirúrgico cresce na parcela de pacientes fumantes.
Após a operação, os cuidados serão feitos em casa. Nos primeiros quinze dias pós-cirurgia, é proibido a prática de exercícios físicos e demais esforços, assim como é indicado que a paciente tenha o acompanhamento de um parente ou cuidador, pois serão necessários cuidados específicos durante a higienização do corpo e da região.
O uso de malhas compressoras e de sutiãs pós-cirúrgicos são indicados, sendo que o mínimo indicado, dependendo da cirurgia, é o uso por um mês mesmo para dormir. À noite, no primeiro mês, é indicado que a paciente durma de barriga para cima, já que a cirurgia para levantar as mamas resulta em pontos e suturas que devem ter toda atenção.
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Mamoplastia: quando é preciso trocar as próteses de silicone? | Dr. Mario Farinazzo
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