Ginecomastia – Quadro clínico e tratamento
Ginecomastia

Ginecomastia – Quadro clínico e tratamento

A ginecomastia é, sem dúvidas, um dos problemas estéticos mais constrangedores para os homens, principalmente durante a idade escolar. Em algumas situações, transforma-se em material para provocações e bullying.

Certamente, alguns leitores podem se lembrar de algum colega de sala ou conhecido da infância que passou por situações constrangedoras devido à ginecomastia.

O que é Ginecomastia e quais são suas causas?

A ginecomastia é um distúrbio masculino que desencadeia o desenvolvimento de glândulas mamárias numa região em que só deveria existir uma pequena camada de gordura, Pode ser unilateral ou bilateral (caso acometa apenas um ou ambos os lados) e pode ser causada por alguns fatores:

  • Gordura – neste caso, é chamada de “falsa ginecomastia”. Não existe o desenvolvimento de tecido mamário e, portanto, não há a necessidade de tratamento hormonal;
  • Alterações hormonais – têm diversas causas, como a puberdade. Geralmente, é transitória e desaparece após o período. Medicamentos que contêm hormônios femininos, anabolizantes e uso de drogas também podem causar esse distúrbio.
  • Tumores – podem ser testiculares ou pulmonares;
  • Doenças – hepáticas, hiper/hipotireoidismo, derrame pleural ou tuberculose;
  • Medicamentos – cremes ou substâncias que possuam estrogênio na composição podem desencadear o quadro de ginecomastia. Em caso de dúvidas, leia a bula.

Qual a incidência da ginecomastia?

Por se tratar de uma condição com causa hormonal, a maioria dos casos de ginecomastia ocorre durante a puberdade. 65% em jovens entre 14 e 15 anos, 7% aos 17 anos e quase 30% ocorrendo em idosos. É uma condição benigna, tratável e corrigível.

Quais são os tipos de ginecomastia?

A ginecomastia pode ser dividida em três graus:

  1. Pequena massa de tecido glandular ao redor da aréola, sem acúmulo de pele ou gordura;
  2. Massa de tecido mamário difusa, com ou sem acúmulo de gordura;
  3. Massa de tecido mamário bastante difusa com acúmulo de gordura e excesso de pele no local.

Quanto maior o grau da ginecomastia, maior a complexidade da cirurgia.

Como é feito o diagnóstico de Ginecomastia? 

O paciente pode constatar o quadro de ginecomastia com uma observação simples do local e procurar um médico para realizar o exame clínico e providenciar o tratamento.

Entenda os tratamentos para Ginecomastia

Podemos dividir os tratamentos em duas categorias, clínico e cirúrgico:

  • Clínico – confirmado o desequilíbrio hormonal como causa da ginecomastia, é possível tratar com hormônios: medicamentos que bloqueiam o efeito do estrogênio, que é um hormônio feminino;
  • Cirúrgico – em outras situações, a intervenção cirúrgica pode ser necessária para reverter o quadro. Neste caso, existem dois procedimentos que podem ser utilizados em conjunto ou não: a lipoaspiração, que irá remover a gordura acumulada do local e a retirada de glândula e pele em excesso.

Como é uma condição benigna, tratável e corrigível, os resultados de ambas as opções costumam ser muito bons.

Converse com um médico!

Por se tratar de uma condição que causa certo constrangimento e vergonha, o primeiro contato com o especialista pode atrasar, uma vez que nem sempre os pacientes se sentem à vontade para relatar o problema.

É importante que o paciente entenda que o médico não irá julgá-lo e que é um profissional disposto a ajudá-lo e orientá-lo a respeito dos tratamentos adequados.

Para os pais que têm filhos adolescentes, é importante encorajá-los a conversar com o médico e evitar quaisquer comentários pejorativos ou provocativos que possam afetar a confiança do jovem.

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