Idade mínima para fazer cirurgia plástica

O campo da cirurgia plástica atesta a máxima de que a aparência de uma pessoa pode influenciar significativamente sua vida, como os outros a percebem e como ela se vê.

A possibilidade de alcançar uma versão mais satisfatória de si mesmo é tão tentadora que a cada ano o número de procedimentos estéticos realizados continua a crescer.

Engana-se, porém, quem pensa que cirurgia plástica se limita às pessoas que almejam apenas melhorar seus aspectos físicos.

Como um ramo legítimo da medicina, a cirurgia plástica continua muito relevante em seus propósitos terapêuticos. Ou seja, com foco em restaurações.

Acidentes mutilantes, deficiências genéticas e outras situações que causam danos à aparência de alguém podem ser tratadas com resultados excelentes devido aos constantes avanços da cirurgia plástica.

É importante frisar esses dois caminhos, pois são pontos importantes para responder de maneira adequada à pergunta: “existe idade mínima para realizar cirurgia plástica?”

Devemos nos atentar ao propósito de cada paciente

A resposta é muito mais complexa do que sim ou não ou com quanto anos alguém pode se submeter a um procedimento.

Seguindo o raciocínio da nossa introdução, para essa argumentação, dividiremos os procedimentos de cirurgia plástica em duas categorias: estéticos e necessários.

O que fazer quando os procedimentos forem necessários

Nesse primeiro caso, a resposta é simples: não existe uma idade mínima para a realização de um procedimento necessário.

Por exemplo, a cirurgia plástica para a reparação de lábio leporino pode ser feita em bebês a partir dos 3 meses.

Outro exemplo são as cirurgias de reconstrução, cuja indicação dependerá da avaliação médica e da condição do paciente.

Em casos similares, o que ditará a idade para a realização do procedimento são as possibilidades e necessidades médicas.

Como prosseguir quando os procedimentos têm propósitos estéticos

Quando falamos em procedimentos com objetivos estéticos, a resposta é “depende”.

Para procedimentos estéticos, é necessário respeitar o desenvolvimento natural do corpo para que as estruturas não sejam afetadas após a intervenção devido ao crescimento natural do paciente.

Por isso, recomenda-se que muitos procedimentos sejam realizados após a puberdade.

A mamoplastia, por exemplo, é recomendada somente após o desenvolvimento completo das mamas, o que ocorre, em média, aos 16 anos.

Na rinoplastia, porém, existem certas peculiaridades.

As mulheres, por exemplo, já apresentam um grande desenvolvimento corporal e facial após a primeira menstruação, permitindo que o procedimento seja realizado por volta dos 13 anos.

Já para homens, que possuem o desenvolvimento mais tardio, a idade mínima recomendada é aos 17 anos.

É claro que duas pessoas não se desenvolvem igualmente e uma resposta precisa dependerá da avaliação de um cirurgião experiente para saber se o paciente está apto ou não para realizar o procedimento.

E quando os procedimentos tiverem propósitos estéticos e forem necessários?

Um ponto importante que deve ser ressaltado é que não é porque um procedimento tem um propósito puramente estético que ele não é necessário.

A saúde mental também é importante e não pode ser negligenciada.

Há casos em que certas características físicas são motivos de constrangimento para algumas pessoas e situações em que, infelizmente, esses traços podem resultar em problemas sociais, como o bullying.

Um jovem com orelhas de abano ou até mesmo ginecomastia pode buscar uma solução cirúrgica precocemente para eliminar o motivo de angústia.

Não devemos subestimar a possibilidade de uma melhora estética resultar em uma evolução na saúde mental e qualidade de vida.

Sentir-se bem consigo mesmo é um fator de grande importância para a saúde mental.

Segurança

O motivo de existirem limites de idade para a realização de um procedimento cirúrgico é a segurança.

Submeter-se a uma cirurgia plástica muito cedo pode afetar o desenvolvimento da região, que pode ficar com um aspecto infantil permanentemente.

Os riscos de realizar procedimentos invasivos em crianças também são maiores e a anestesia exige cuidados especiais.

Por estes motivos, com exceção de casos necessários e autorizados por um médico, o mais prudente é esperar para realizar procedimentos estéticos.