Próteses de silicone: seus tipos e os riscos
Mamoplastia

Próteses de silicone: seus tipos e os riscos

Somente uma mulher pode entender a significância dos seios para outra mulher.

Os significados atribuídos aos seios são muitos, desde a feminilidade e sensualidade, que permeiam as mídias, até fertilidade e prosperidade, presentes nas mitologias.

Dito isto, não é de se estranhar que muitas mulheres busquem procedimentos para alterar e melhorar a aparência estética do seio.

Essa busca é confirmada por uma pesquisa feita em 2018 pela Statista, que apontou a mamoplastia de aumento como a cirurgia cosmética mais popular do Brasil, com mais de 275mil procedimentos realizados, superando outras cirurgias populares como a blefaroplastia e a lipoaspiração.

Mamoplastia de aumento

A cirurgia da mamoplastia de aumento tem diversos propósitos além do estético e pode ser feita a partir dos 15 anos de idade com autorização dos pais. Ela pode ser feita quando a mulher:

  • Possui seios muito pequenos;
  • Tem receio de não conseguir amamentar;
  • Perdeu muito peso;
  • Corrigir assimetrias;
  • Reconstrução mamária devido ao câncer.

O procedimento é feito com anestesia geral e dura cerca de 45 minutos, podendo ser feito com internamento curto ou regime ambulatorial em caso de alta no mesmo dia.

Complicações são raras e podem ser, na maioria dos casos, resolvidas de maneira simples com o auxílio do cirurgião responsável.

Procedimento e cicatrizes

O procedimento por meio de um pequeno corte na em torno da auréola, axila ou parte inferior das mamas e a prótese pode ser colocada abaixo ou acima do músculo de acordo com o desejo do paciente e da recomendação médica.

As cicatrizes costumam ser muito discretas e imperceptíveis em situações normais com baixíssimo risco de queloides.

As próteses

Um procedimento realizado com tanta frequência ao redor do mundo não ficaria limitado a uma ou outra alternativa de prótese.

Ao contrário, existe muito investimento em desenvolver próteses cada vez melhores, mais seguras e duradouras.

Esse investimento constante gera uma variedade de opções entre forma, tamanho, perfil, materiais e texturas.

Formas

  • Cônica: maior volume no centro criando maior projeção para os seios;
  • Redonda: tipo mais popular, deixa o colo mais desenhado e cria um contorno melhor da mama, sendo indicado para mulheres que já possuam um certo volume nos seios;
  • Gota ou anatômica: emula um formato mais natural do seio, possuindo a maior parte do seu volume na base, deixando o colo pouco marcado.

Perfil

  • Super alto;
  • Alto;
  • Moderado;
  • Baixo;

O perfil representa o grau de projeção que a prótese terá, com o super alto sendo indicados para mulheres que possuem algum grau de queda nos seios, produzindo um resultado menos natural e os perfis baixo e moderado possuindo muito pouca projeção, sendo indicados para casos de reconstrução mamária.

Tamanho

O tamanho das próteses pode variar entre 150 e 600 mililitros, com 300ml sendo o tamanho mais utilizado. Volumes maiores são indicados para mulheres com estrutura física para suportar o peso, sendo indicados para aquelas com maior altura e quadris e tórax mais largos.

Materiais

  • Gel ou silicone: são próteses mais lisas e macias, não sendo palpáveis na maioria das vezes, o que torna difícil dizer que há uma prótese ali e em caso de ruptura não apresenta sintomas óbvios. Por este motivo, médicos recomendam o acompanhamento a cada três anos;
  • Salinas: são como balões d’água, sendo preenchidas apenas após a colocação, o possibilita incisões menores. Outro benefício é que as próteses salinas podem ser ajustadas sem a necessidade de cirurgia e vazamentos são facilmente percebidos.

Texturas

  • Lisa: um dos primeiros modelos e quase em desuso devido ao maior risco de complicações;
  • Texturizada: formato mais utilizado atualmente, possui uma superfície revestindo o silicone com textura rugosa, que ajuda na aderência e cicatrização do tecido mamário, diminuindo os riscos de deslocamento e contratura capsular;
  • Poliuretano: possui um revestimento de PU, causando uma aderência ainda maior, criando o chamado “efeito velcro”. Acredita-se que isso diminui ainda mais as chances de contraturas, porém, não há comprovação nem consenso da comunidade médica. Como desvantagem, as próteses com PU aumentam as chances de dobras e de ficarem palpáveis.

Riscos e alertas

É importante ressaltar que a maioria dos fabricantes não irá produzir próteses maiores do que 600ml, o que impulsiona algumas mulheres a buscarem alternativas perigosas para conseguir seios ainda maiores.

Uma delas é a prótese de polipropileno (String Breast Implants), que absorvem fluídos corporais e se expandem dentro do corpo. São consideradas perigosas e proibidas na maioria dos países.

Outra prática arriscada é o chamado “stacking”, ou seja, a colocação de mais de uma prótese por seio, também sendo considerada perigosa e com alto risco de complicação.

Responsabilidade e expectativas

Um fator que sempre ressaltamos é a expectativa realista do paciente. A conversa com o cirurgião é muito importante e a pesquisa sobre resultados pode ajudar a paciente a formar uma imagem real dos seus futuros resultados.

Devido à busca de algumas pessoas por opções arriscadas, ressaltamos também a responsabilidade do cirurgião em explicar e dissuadir a paciente de procurar alternativas que possam trazer riscos a sua saúde como o “stacking” ou as próteses de polipropileno.

A tecnologia das próteses está em constante evolução e opções cada vez melhores e mais seguras chegam ao mercado. Portanto, consulte sempre um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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