Quando a cirurgia plástica é a solução adequada?
A sociedade impõe um padrão de beleza, muitas vezes, fora da realidade. E a mídia é a principal responsável por disseminar a cultura do corpo perfeito.
Homens e mulheres vivem em função do objetivo de alcançar a forma física considerada ideal e, em muitos casos, acabam deixando a saúde e o bom senso de lado.
Todos os dias a indústria da beleza apresenta novos tratamentos e cosméticos que prometem verdadeiros milagres. Porém, na maioria das vezes, a meta inicial não é alcançada e as pessoas recorrem aos cirurgiões plásticos, na expectativa de corrigir imperfeições e melhorar a aparência física.
Porém, em muitos casos, a cirurgia plástica não é indicada, já que muitos indivíduos apresentam uma preocupação excessiva com a imagem e se incomodam com defeitos praticamente imperceptíveis.
Geralmente, pessoas com essas características apresentam uma disfunção psiquiátrica denominada TDC, Transtorno Dismórfico Corporal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP, entre 6% e 24% dos pacientes de TDC já realizaram um procedimento estético. Porém, menos de 10% apresenta satisfação com os resultados. Por isso, é muito importante que os cirurgiões plásticos façam avaliações criteriosas antes de indicar a intervenção.
Quando uma intervenção por Transtorno Dismórfico Corporal é indicada?
Se o especialista identificar a existência da disfunção, é fundamental encaminhar o paciente para um psiquiatra ou psicólogo antes de realizar a operação.
A intervenção é necessária nos casos em que a necessidade de mudança corporal é patológica. Muitas vezes, os pacientes alteram uma característica física e, logo em seguida, já precisam realizar outra cirurgia. É comum que as pessoas entrem num ciclo vicioso, já que nunca estão contentes com o próprio corpo por conta de questões psicológicas.
Mulheres com as mamas volumosas, por exemplo, podem apresentar problemas de coluna e limitações na realização de atividades físicas.
Assim como crianças que possuem a considerada “orelha de abano” podem evitar situações sociais por conta da imperfeição.
Nessas circunstâncias, as operações podem ser realizadas até mesmo durante a infância e adolescência. Não existe uma idade pré-definida para a realização de cirurgias plásticas.
O especialista precisa avaliar cada caso individualmente
A lipoaspiração, por exemplo, é indicada após os 18 anos, na fase adulta. Já a rinoplastia e a mamoplastia redutora são indicadas entre 16 e 18 anos. A otoplastia pode ser feita a partir dos sete anos de idade.
Vale ressaltar que apenas o cirurgião plástico pode determinar se a cirurgia plástica é a solução mais adequada. E esse diagnóstico, assim como detalhes da intervenção, como preço, exames, datas e pós-operatório serão informadas após a primeira avaliação médica.
A partir de uma conversa com o paciente, o médico identifica se é necessário fazer uma operação ou se o problema pode facilmente ser solucionado com procedimentos de estética menos invasivos.
Veja o quadro a seguir e descubra se você está preparado para realizar uma cirurgia plástica:
Independentemente da idade ou do motivo de descontentamento é fundamental ouvir a opinião do cirurgião plástico e avaliar todos os riscos, cuidados e consequências que envolvem o procedimento cirúrgico. Afinal, a sua saúde e segurança devem estar em primeiro lugar.
Não esqueça, que o procedimento deve ser realizado para satisfazer você e não para agradar terceiros e seguir tendências impostas pela sociedade e canais de comunicação.
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