O que é a hipertrofia dos cornetos, quais seus sintomas e tratamentos?
O nariz é mais que um dos principais elementos estéticos da face. Ele também tem diversas estruturas internas que viabilizam a respiração. Porém, é bastante comum encontrar pessoas com problemas que prejudicam a respiração saudável, como é o caso da hipertrofia dos cornetos nasais.
Esse quadro pode causar obstruções internas e dificultar ou até mesmo cessar a respiração nasal. Além de desconfortos, essa é uma situação que pode gerar efeitos secundários e sequelas indesejadas.
Quer entender melhor essa condição? Confira o que é hipertrofia dos cornetos e entenda quais são suas principais características!
O que são os cornetos nasais?
Os cornetos nasais são estruturas feitas de osso, tecido esponjoso e mucosa. Eles são responsáveis por aquecer, filtrar e umidificar o fluxo de ar nasal que será levado aos pulmões.
Com seu funcionamento normal, os cornetos nasais auxiliam na respiração. Porém, o aumento indesejado dessas estruturas pode causar prejuízo na qualidade da respiração devido à obstrução e afetar o dia a dia da pessoa.
Em alguns casos, como forma de compensação, a hipertrofia dos cornetos leva à respiração pela boca. Ela está relacionada a uma série de problemas, desde a deformidade no posicionamento dos dentes até as alterações na mandíbula e maxilar.
Quais são as causas da hipertrofia dos cornetos?
A ocorrência da hipertrofia dos cornetos está associada a diversas condições adquiridas ou congênitas. A compreensão sobre o que leva a essa situação é fundamental para identificar quais são os tratamentos mais adequados, ajudando a garantir a qualidade de vida da cliente.
Descubra quais são as principais causas do problema:
Rinites
As rinites estão entre as causas mais comuns dos cornetos nasais hipertrofiados. O quadro pode ser do tipo alérgico ou vasomotor, sendo desencadeado por motivos diferentes.
Na rinite alérgica, o contato com um agente alérgeno gera uma reação do sistema imunológico, levando à inflamação da mucosa nasal. Já na rinite vasomotora, os vasos sanguíneos nasais dilatam por fatores como umidade e mudança de temperatura.
Desvio de septo
O desvio de septo ocorre quando a divisão entre as narinas não está alinhada. Esse quadro prejudica o fluxo de ar e dificulta a respiração, gerando um mecanismo de composição do outro lado.
Como o fluxo de ar que passa no corneto do lado não obstruído pelo desvio de septo é maior, a tendência é que ele aumente de tamanho. Com isso, a hipertrofia tende a durar enquanto houver divisão desalinhada entre as narinas.
Inflamações crônicas nasais
No geral, infecções respiratórias e inflamações crônicas também levam à hipertrofia dos cornetos nasais. Elas podem fazer com que a mucosa nasal fique permanentemente inflamada, contribuindo com o aumento das estruturas.
As inflamações podem estar associadas a outros casos além das rinites. A sinusite crônica e resfriados de repetição, por exemplo, podem fazer com que o inchaço dos cornetos seja permanente.
Condições congênitas
Ainda, a hipertrofia pode ser causada por condições congênitas de diferentes tipos. Algumas pessoas nascem com os cornetos nasais naturalmente hipertrofiados, por exemplo.
Outras condições envolvem doenças crônicas das vias aéreas, malformações da região craniofacial ou anomalias no desenvolvimento nasal. Esses quadros são mais raros, mas também estão entre as possíveis causas dessa condição.
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Quais são os sintomas e consequências da hipertrofia dos cornetos nasais?
Os principais sintomas decorrentes da hipertrofia dos cornetos são:
- Pigarro;
- Boca seca;
- Obstrução nasal;
- Ronco excessivo;
- Secreções em excesso;
- Crises alérgicas recorrentes.
A obstrução nasal causada pela hipertrofia dos cornetos tende a obrigar a pessoa a respirar pela boca, um comportamento especialmente prejudicial para crianças em fase de crescimento.
As principais implicações da hipertrofia dos cornetos nasais são:
- Musculatura flácida na face;
- Boca aberta;
- Lábio superior curto;
- Olheiras bem marcadas;
- Mau desenvolvimento dos ossos da face;
- Aprofundamento e estreitamento do palato (céu da boca);
- Alterações de fala;
- Mau desenvolvimento das narinas;
- Alterações posturais de cabeça e coluna.
Por isso, é muito importante dar a atenção devida à hipertrofia dos cornetos — não só pelos sintomas e incômodos diretos, como pelos possíveis danos colaterais que podem ocorrer.
Como saber se você tem hipertrofia dos cornetos?
Para um diagnóstico de cornetos nasais hipertrofiados, é necessário consultar um médico especialista e realizar os exames solicitados.
Dessa forma, o médico avaliará a existência de má-formação congênita, alterações anatômicas, edemas ou infecções que possam ter desencadeado o quadro.
Também é essencial que a cliente, antes de ir ao médico, anote todos os sintomas e desconfortos. Na hora da consulta, essas informações podem ajudar o especialista a identificar mais rapidamente o problema.
Quais são os exames que costumam ser pedidos?
Após a avaliação inicial em consulta e a verificação da cavidade nasal feita no consultório, o médico pedirá uma série de exames para fornecer um diagnóstico preciso.
Os exames também são essenciais para definir adequadamente as possibilidades de tratamento para quem apresenta hipertrofia dos cornetos.
Entre os exames que podem ser pedidos estão:
- Rinoscopia: é feito com a inserção do rinoscópio, que funciona como um espéculo ou afastador nasal. Com a ajuda de luzes e espelhos, o médico consegue avaliar diversas partes do nariz.
- Espéculo otológico: é um tipo de inspeção visual feita a partir da dilatação das cavidades nasais. Com apoio da iluminação externa, permite fazer uma avaliação inicial das estruturas nasais.
- Espelho de Glatzel: consiste em posicionar um espelho de mesmo nome sob as narinas. A pessoa é instruída a respirar pelo nariz e, pelo padrão de condensação no espelho, o médico avalia o fluxo de ar e identifica possíveis obstruções.
- Endoscopia nasal: é realizada com a inserção de um tubo flexível com uma câmera na extremidade, chamado endoscópio. Por meio dele, o médico consegue avaliar a estrutura nasal para identificar eventuais anormalidades que causem a hipertrofia dos cornetos.
- Tomografia computadorizada: é um tipo de exame de imagem avançado realizado com raios-X. O scanner é movido ao redor da cabeça da cliente e as imagens da região do nariz são especialmente detalhadas.
Como eles variam em complexidade e detalhamento, o médico pode solicitar um ou múltiplos exames para a realização do diagnóstico preciso. Determinados casos podem ser diagnosticados com avaliações mais simples, enquanto outros podem exigir uma endoscopia e uma tomografia computadorizada, por exemplo.
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Quais são os tratamentos para a hipertrofia dos cornetos?
Dependendo das causas, o tratamento dos cornetos nasais hipertrofiados pode ser feito de modo clínico ou cirúrgico. Cada abordagem tem diferentes técnicas, que devem ser selecionadas pelo especialista a partir do diagnóstico.
Conheça os tratamentos disponíveis:
Tratamento clínico
Quando a hipertrofia dos cornetos nasais é causada por situações como a rinite alérgica, o tratamento pode ser clínico, sendo realizado com medicamentos. Eles costumam servir para amenizar os sintomas, melhorar a qualidade da respiração e ajudar na retomada dos cornetos ao tamanho normal.
Além disso, os medicamentos podem ser utilizados via oral ou local, como com corticosteroides tópicos em spray. A duração do tratamento clínico varia com cada caso e é essencial seguir todas as instruções do médico.
Ainda, mudanças de hábito podem contribuir para tratar cornetos nasais hipertrofiados, como evitar a exposição a alérgenos, controlar a umidade do ar, evitar o contato com elementos irritantes e até reduzir o estresse. As ações são orientadas pelo médico, de acordo com cada situação.
Tratamento cirúrgico
Em casos em que o tratamento clínico é ineficiente, inexistente ou o nível de obstrução é elevado, a opção cirúrgica pode ser considerada e orientada pelo médico.
As principais opções para a intervenção cirúrgica da hipertrofia dos cornetos são:
- Ressecção dos cornetos nasais (turbinectomia ou turbinoplastia): técnica cujo objetivo é desobstruir a passagem de ar retirando o volume excessivo do corneto afetado. Este procedimento é feito em casos mais graves e pode ser associado à rinoplastia.
- Cauterização: normalmente associada à rinoplastia, a cauterização consiste em cauterizar (queimar) eletricamente o corneto aumentado, promovendo sua redução e melhorando a qualidade da respiração;
- Septoplastia: a hipertrofia dos cornetos causada em decorrência de desvio do septo nasal pode ser reparada com a correção do desvio feita em um procedimento cirúrgico.
Caso haja interesse, esses tratamentos podem ser associados a procedimentos estéticos. Essa é uma forma de evitar posterior intervenção cirúrgica com mais um processo de recuperação pós-operatória.
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Trate a hipertrofia dos cornetos nasais adequadamente
Como você aprendeu, a hipertrofia dos cornetos nasais pode ter diversos impactos na qualidade de vida e na saúde em geral. Buscar apoio médico especializado e o tratamento certo é fundamental para resolver o quadro de modo efetivo.
No caso do tratamento cirúrgico, o Dr. Mário Farinazzo oferece atendimento em São Paulo, na Zona Sul, com apoio de uma equipe multidisciplinar qualificada.
Com mais de 10 anos de experiência, o cirurgião é especialista em rinoplastia e é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
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