Queloide: o que é e o que fazer?
Curiosidades

Queloide: o que é e o que fazer?

O processo de cicatrização é essencial para a nossa saúde e bem-estar. Ele ocorre após uma lesão ou um procedimento cirúrgico, por exemplo. Porém, em alguns casos, acontece a formação do queloide.

Esse tipo de cicatriz pode interferir diretamente na autoestima e na qualidade de vida. Como a prevenção é o melhor caminho, vale a pena conhecer mais sobre esse problema.

Continue a leitura e descubra o que é queloide e o que fazer para prevenir e para tratar!

O que é queloide?

O queloide surge a partir do crescimento anormal do tecido cicatricial. Portanto, ele é uma resposta do organismo a uma lesão ou trauma, mas que acontece de forma mais intensa do que deveria.

É comum que o queloide ultrapasse a barreira da lesão inicial, o que ocorre por causa do descontrole no equilíbrio entre o reparo e a regeneração de tecidos.

Diferenças entre queloide e cicatriz comum

Como o queloide está relacionado com o processo de restauração das células do corpo, é comum confundi-lo com a cicatriz. No entanto, eles são bem diferentes.

A primeira diferença tem a ver com o tamanho da área afetada. Normalmente, a cicatriz é do tamanho e da profundidade da lesão que a originou, enquanto o queloide é maior e mais profundo que a área original.

Também existem diferenças na textura e cor da pele. A cicatriz costuma apresentar uma textura mais suave com o passar do tempo, bem como uma cor mais próxima ao tom de pele. Já o queloide costuma ter uma textura mais grossa e uma tonalidade mais escura.

No geral, podemos dizer que todo queloide é uma cicatriz, mas nem toda cicatriz é do tipo queloide.

Quais são as causas do queloide?

Causas do queloide. Etnia e tipo de pele: a pele parda e negra têm maior chance de passar pelo processo anormal de cicatrização. Sexo e idade: o queloide tende a ser mais comum entre mulheres e jovens. Predisposição genética: o histórico familiar influencia no processo de cicatrização anormal. Realização de cirurgias: traumas na pele causados por cirurgias também podem causar queloide.

Na maioria dos casos, o queloide é desenvolvido a partir de uma ferida ou lesão prévia. Exceto em casos espontâneos raros, é necessário ter um processo de cicatrização para que o crescimento anormal de células ocorra.

Além disso, existem outros fatores que podem aumentar as chances desse quadro ocorrer. Veja quais são:

Etnia e tipo de pele

Algumas etnias e tipos de pele apresentam maior risco de desenvolvimento de queloides. É o caso da pele parda e negra. Elas têm uma chance maior de passar por esse processo anormal de cicatrização.

Isso ocorre porque a presença mais elevada de melanina tende a aumentar a produção de células no processo de recuperação.

Além disso, pessoas de origem hispânica ou asiática também têm probabilidades maiores de desenvolver esse quadro.

Sexo e idade

Além das características da pele, o sexo e a idade também são fatores de risco. Essa condição tende a ser mais comum entre mulheres e jovens. Com isso, homens e pessoas idosas têm um risco menor de enfrentar esse problema.

Predisposição genética

Outra possível causa para o queloide é a predisposição genética. Devido ao histórico familiar, algumas pessoas estão mais suscetíveis a passar por um processo de cicatrização anormal.

Realização de cirurgias

Não são apenas lesões ou feridas que podem levar ao desenvolvimento de queloide.

Traumas na pele causados por cirurgias também podem causar o aparecimento desse tipo de problema na pele. Ao fazer uma mamoplastia redutora, por exemplo, parte da região precisa passar pelo processo de cicatrização até a recuperação completa. Em um cenário como esse, pode ocorrer o desenvolvimento do queloide.

Por isso, a importância de escolher um bom cirurgião para realizar o procedimento.

Leia também: Harmonização facial com gordura: entenda como funciona

Como evitar queloide?

Como você viu, alguns fatores para o surgimento do queloide têm a ver com os genes de cada pessoa. Isso faz com que não seja possível evitar por completo o aparecimento de queloides.

No entanto, a boa notícia é que você pode diminuir os riscos ao adotar os cuidados certos. Na sequência, mostramos as principais dicas para evitar o aparecimento de queloides:

Proteja a área lesionada do sol

Uma das medidas mais importantes para diminuir o risco de sofrer com queloides é evitar a exposição da área lesionada ao sol — ainda mais desprotegida. Isso ocorre porque, como você viu, o aumento de melanina na pele favorece o surgimento dos queloides.

Por isso, o ideal é proteger do sol a área com a lesão, ferida ou trauma. Utilize curativos para bloquear a passagem dos raios solares e não esqueça de, mesmo assim, usar protetor solar.

Até que ocorra a cicatrização completa, o ideal é não ficar exposto à radiação solar. Desse modo, você evita o estímulo excessivo à produção de fibroblastos e outros componentes do tecido cicatricial que formam os queloides.

Limpe a lesão da forma correta

A higienização da lesão é essencial para a prevenção do queloide. Se houver uma infecção, por exemplo, a cicatrização não ocorrerá como o esperado e pode acontecer um aumento excessivo da produção de células.

Para evitar esse tipo de problema, o ideal é realizar a higienização da área com antisséptico, pelo menos uma vez por dia. Também é preciso trocar os curativos por outros limpos, evitando a proliferação de microrganismos na região.

Mantenha a área hidratada

Outra dica essencial é garantir um bom nível de hidratação na região com a ferida. O motivo tem a ver com a tensão na pele e, consequentemente, com a cicatriz. Se a epiderme estiver ressecada e ficar tensionada, pode haver um desequilíbrio na produção de tecido cicatricial para compensar a condição do tecido.

A hidratação também ajuda a aliviar ou até evitar a sensação de coceira e irritação. Isso faz com que você sinta menos incômodo conforme a lesão cicatriza, evitando causar novos danos na área.

Leia também: Rinoplastia com turbinectomia é possível?

Use os curativos certos

Com o avanço da tecnologia, já existem curativos que ajudam a garantir um processo de cicatrização mais controlado. Nesse caso, é interessante utilizar curativos de silicone.

Eles podem trazer diversos benefícios, como manter a hidratação da pele e diminuir a atividade inflamatória. Esses curativos também exercem uma pressão uniforme na ferida, diminuindo a atividade das células que atuam na cicatrização.

Além disso, os curativos de silicone podem tornar a cicatrização mais rápida e eficiente, diminuindo a janela de tempo para o surgimento do queloide. Como consequência, até o processo de recuperação fica mais fácil.

Conte com uma equipe cirúrgica qualificada

É essencial ter o apoio de uma equipe cirúrgica especializada e qualificada. Afinal, uma boa avaliação antes mesmo do procedimento faz toda a diferença para obter resultados melhores.

O ideal é que o cirurgião faça uma análise completa do seu histórico familiar e da sua saúde pessoal. Se for identificado o risco de aparecimento de queloides, é possível fazer um planejamento para tentar evitar esse problema, incluindo terapias pré-operatórias.

Tratamentos para queloide

Tratamentos para queloide: laserterapia, medicamentos injetáveis, crioterapia, cirurgia e radioterapia.

Como nem sempre é possível impedir o surgimento do queloide, é interessante conhecer as opções de tratamento disponíveis. Elas não garantem a eliminação completa do tecido cicatricial e os resultados variam de acordo com cada organismo.

No entanto, elas costumam ser úteis para ajudar tanto na parte estética quanto no aspecto funcional, já que grandes queloides podem até atrapalhar movimentos. 

Veja quais são alguns tratamentos disponíveis:

Laserterapia

A laserterapia utiliza feixes de luz direcionados para quebrar parte das fibras de colágeno que formam a cicatriz. O objetivo é diminuir a elevação e a extensão do queloide, além de otimizar a textura e a coloração.

Medicamentos injetáveis

Os medicamentos injetáveis aplicados diretamente na cicatriz diminuem a resposta inflamatória e reduzem a atividade celular, combatendo a cicatrização excessiva. Geralmente, os medicamentos são corticosteroides, como triancinolona, bleomicina e 5 fluoracil.

Crioterapia

A crioterapia consiste na aplicação de temperaturas extremamente baixas para “congelar” o queloide de dentro para fora. Com isso, a expectativa é adormecer ou diminuir a atividade das células que interferem na cicatrização, reduzindo o tamanho e a dureza do queloide.

Cirurgia

O tratamento cirúrgico para queloide prevê a retirada ou raspagem da cicatriz ou de parte dela. Porém, esse procedimento pode estimular as células dos processos cicatriciais novamente, por isso às vezes é necessário combinar a cirurgia com outros tratamentos.

Radioterapia

Já a radioterapia envolve a aplicação de radiação em baixos níveis na área de cicatrização, com o intuito de diminuir a proliferação de células formadoras do tecido cicatricial. Por causa disso, ela tende a ser usada no pré-operatório (antes do surgimento do queloide) ou após o tratamento da cicatriz.

Leia também: Pálpebra caída: causas e tratamento

Use as informações sobre o queloide a seu favor

Ao chegar até aqui, você descobriu o que é queloide e como é possível preveni-lo e tratá-lo, dependendo de cada caso. Para a cicatrização pós-cirúrgica, ter o apoio de profissionais experientes e preparados é essencial, por isso é fundamental escolher bem seu cirurgião, inclusive para procedimentos estéticos.

Quer esclarecer dúvidas sobre esse e outros assuntos sobre cirurgias plásticas? Clique aqui ou mande uma mensagem via WhatsApp (11) 98993-6797!

O Dr. Mário Farinazzo possui mais de 10 anos de experiência em cirurgias plásticas e atende em uma clínica de alto padrão na zona sul de São Paulo. Ele é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem ao seu lado uma equipe altamente especializada, preparada para oferecer excelência de ponta a ponta no atendimento, desde a primeira consulta até o acompanhamento pós-operatório.

Você tem alguma dúvida?

Estamos aqui para conversar e auxiliar nas suas escolhas.

Entre em Contato