Tudo sobre a síndrome ASIA e as próteses de silicone
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Tudo sobre a síndrome ASIA e as próteses de silicone

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a cirurgia de implantes de silicone é a segunda mais procurada entre brasileiros, ficando atrás apenas da lipoaspiração. Nos últimos anos, no entanto, tem crescido a preocupação com a relação entre próteses de silicone e a síndrome ASIA.

Essa é uma doença autoimune descoberta na última década que ainda causa muitas controvérsias na comunidade médica. Com isso, é natural surgirem dúvidas sobre a segurança do procedimento de implantes de silicone e os impactos na saúde.

A seguir, descubra tudo sobre a síndrome ASIA e veja se ela realmente está relacionada às próteses de silicone!

O que é a síndrome ASIA?

A síndrome ASIA (Síndrome Autoimune/Inflamatória induzida por adjuvantes – elementos externos, na sigla em inglês) é uma doença autoimune que pode ser desencadeada por fatores externos como vacinas, próteses de silicone ou outros materiais implantados no paciente como um marcapasso.

Doenças autoimunes são aquelas nas quais células do sistema imunológico da própria pessoa (responsável pela defesa do organismo contra agentes externos) causam sintomas indesejados. Os sinais variam de acordo com cada tipo de patologia.

No caso da ASIA, a presença desses adjuvantes gera uma resposta imunológica exagerada em algumas pessoas predispostas à situação. Como as células de defesa começam a atacar partes saudáveis do corpo, surgem os sintomas autoimunes.

Sintomas da síndrome ASIA

Sintomas da síndrome ASIAOs sintomas mais comuns da síndrome ASIA são dor muscular, dores nas articulações (acompanhadas ou não de inchaço e de rigidez articular), fraqueza muscular, fadiga crônica, processos alérgicos na pele, dor de cabeça, tontura, parestesia, dificuldade de concentração, perda de memória, nevoeiro mental e febre baixa persistente.

Os sintomas da síndrome ASIA incluem diversas manifestações. Uma delas é a dor muscular, que pode ser leve ou intensa e afetar qualquer grupo de músculos.

As dores nas articulações também costumam estar presentes. Elas podem ocorrer em uma ou mais articulações e podem ou não ser acompanhadas de inchaço e de rigidez articular.

Também é comum o relato de fraqueza muscular. Isso pode fazer com que a pessoa tenha mais dificuldade para realizar atividades que costumavam fazer parte da rotina.

Ainda, há queixas de fadiga crônica, que pode ser bastante debilitante. Quem relata esse sintoma costuma experimentar uma sensação de desgaste e cansaço extremo que não melhora com o repouso.

Já a pele costuma sofrer com processos alérgicos, incluindo erupções cutâneas e sensação persistente de coceira.

Do ponto de vista do sistema nervoso, há relatos sobre manifestações neurológicas. Alguns dos quadros mais comuns são dor de cabeça, tontura e parestesia, que é um formigamento em certas partes do corpo.

No aspecto cognitivo, diversas pessoas afetadas pela síndrome relatam dificuldade de concentração, perda de memória e o chamado nevoeiro mental (ou “brain fog”).

Por fim, algumas pessoas com esse quadro podem apresentar uma febre baixa persistente. Em geral, isso costuma ser um indício de inflamação crônica do organismo.

No entanto, nem todas as pessoas relatam todos os sintomas ou na mesma intensidade. Além disso, muitas dessas ocorrências também se relacionam a outros quadros de saúde, o que pode dificultar o diagnóstico.

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O que foi descoberto até agora sobre a ASIA?

A síndrome ASIA é uma doença relativamente recente, pois foi inicialmente abordada em 2011. Desde então, já foram conduzidos diversos estudos com o objetivo de conhecer melhor o quadro e suas causas.

No entanto, muitos estudos não apresentam evidências científicas suficientes para determinar a causa específica em uma variedade de participantes. Além disso, a síndrome ainda está em fase de estudos e não foi definitivamente reconhecida pelo mundo.

O que se sabe até o momento é que o quadro é considerado raro. O médico israelense Yehuda Schoenfeld, um dos maiores especialistas na condição em todo o mundo, afirma ter identificado cerca de 300 casos globais.

A título de comparação, somente no Brasil são realizadas 250 mil mamoplastias de aumento todos os anos. No mundo, são 5 milhões de pessoas com próteses mamárias.

Além disso, um artigo publicado na Aesthetic Surgery Journal, em 2022, destaca que os sintomas também são relatados por mulheres sem implantes mamários, por exemplo. Logo, não é possível afirmar que existe uma relação direta entre o procedimento e a doença.

Como é feito o diagnóstico da ASIA?

Diagnóstico da síndrome ASIA
Para o diagnóstico da síndrome ASIA é necessário retirar o possível agente indutor para observar alguma melhora da condição e realizar biópsia dos órgãos envolvidos. Também é feita a busca de anticorpos e a avaliação de casos de doença autoimune na família. Exames laboratoriais e de imagem costumam ser indicados.

Entre os principais procedimentos para o diagnóstico da síndrome ASIA está a retirada do possível agente indutor para observar se há melhora da condição e realizar biópsia dos órgãos envolvidos em busca das reações autoimunes.

Há também a busca de anticorpos (células do sistema imunológico) específicos e outras manifestações clínicas, como a síndrome do cólon irritado.

Casos de doença autoimune na família podem ser um indicativo de que a pessoa pode desenvolver a patologia. Entretanto, é difícil determinar com exatidão eventuais predisposições, fator que dificulta a sua prevenção.

Ainda, vale notar que existem condições subjacentes que podem levar ao desenvolvimento dos sintomas e mesmo da doença. Logo, a realização de exames laboratoriais e de imagem costuma ser indicada.

Qual o melhor tratamento para a ASIA?

A remoção do implante pode minimizar ou até eliminar manifestações da síndrome ASIA. No geral, essa é uma vantagem em relação às vacinas,quando não é possível retirar o agente causador e o tratamento é realizado apenas para diminuir os sintomas da doença.

Porém, como doenças autoimunes têm manifestações bastante distintas em cada paciente, os sintomas podem persistir mesmo após a retirada do implante. Não existe uma cura definitiva para a condição.

Colocar silicone é seguro?

Apesar da possível existência dessa e de outras complicações, a cirurgia de implante de silicone é um procedimento considerado seguro. Inclusive, esse motivo torna essa cirurgia plástica uma das mais populares do mundo.

Um exemplo de possível complicação decorrente da implantação de próteses de silicones que não tem relação com a síndrome ASIA é a contratura capsular. Esse quadro é conhecido pelo enrijecimento da área ao redor da prótese.

A contratura capsular é uma das complicações mais comuns em implantes mamários. Estima-se que 4% das próteses, durante um período de 10 anos, desenvolvem algum grau de contratura, mas apenas aquelas com graus mais avançados é que apresentam a necessidade de troca. 

Nesses casos, é possível observar deformações e outros sintomas associados, como dor na mama em que esteja ocorrendo a contratura. Ainda assim, é uma porcentagem baixa em relação ao número de procedimentos realizados.

No caso da síndrome ASIA, o rompimento da prótese aumenta o risco do desenvolvimento da doença. Por essa razão, é fundamental seguir todas as indicações do médico para a conservação e eventual troca do implante.

O acompanhamento periódico também é outro fator crucial para os cuidados pós-cirúrgicos. Por isso, para evitar quaisquer complicações, relacionadas ou não à síndrome ASIA, é imprescindível fazer o acompanhamento adequado com seu cirurgião plástico.

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Como escolher um cirurgião plástico para colocar seu silicone?

Na hora de fazer uma cirurgia de implante de silicone, é essencial acertar na escolha do cirurgião plástico. O profissional é o responsável pela preparação para a cirurgia, realização do procedimento e acompanhamento pós-operatório, tendo um papel fundamental no resultado.

A seguir, descubra quais são os principais fatores que devem ser considerados:

Especialização médica

O primeiro aspecto para considerar sobre o profissional é se ele apresenta especialização em cirurgia plástica. Isso é importante para garantir que o médico realmente conheça as melhores técnicas, práticas e pontos de atenção sobre o procedimento.

Além da própria residência médica, vale conferir se o cirurgião se mantém atualizado, como ao realizar outros cursos e programas de qualificação.

Registro do cirurgião

Outro ponto essencial é que o cirurgião plástico deve ter, primeiramente, registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM). Assim, é possível ter a certeza que ele está exercendo a profissão legalmente.

Ainda, é indicado que o médico seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O registro na SBCP significa que o profissional comprovou sua especialização e ainda passou por uma avaliação criteriosa.

Experiência com implantes

Também é importante garantir que o cirurgião tenha experiência com implantes de silicone. Isso significa que ele conhece bem as técnicas mais adequadas, sabe quais são os riscos e compreende os pontos de atenção mais relevantes.

Vale a pena verificar há quanto tempo o cirurgião atua e mesmo verificar exemplos de antes e depois dos procedimentos. Isso traz maior segurança, pois denota a capacidade do profissional em alcançar bons resultados.

Reputação e indicações

Ainda, é interessante conferir a reputação do cirurgião plástico. Ver avaliações de quem já realizou uma cirurgia é uma forma de entender antecipadamente como o médico age antes, durante e após o procedimento.

A avaliação de antes e depois dos procedimentos também é interessante nesse momento.

Depois de verificar esses aspectos, é interessante agendar uma consulta inicial para tirar dúvidas. Esse é o momento de avaliar tanto a clínica quanto o atendimento. Confira também se o profissional tira dúvidas, explica claramente os riscos e faz uma avaliação personalizada do caso.

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Faça uma cirurgia de implante de silicone com segurança

Como você viu, a síndrome ASIA ainda está em estudos e não está diretamente ligada ao silicone. O procedimento, por sua vez, é considerado seguro e é realizado com sucesso em milhares de pessoas todos os anos.

Para ter a melhor experiência na sua cirurgia, é fundamental ter o apoio de um bom médico. O Dr. Mário Farinazzo é um cirurgião plástico com mais de 10 anos de experiência, além de ser membro diretor da SBCP.

Sua clínica na zona sul de São Paulo está pronta para recebê-la e conta com uma equipe qualificada e experiente.

Aproveite para marcar sua primeira consulta online ou agende pelo WhatsApp (11) 98993-6797!

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